Séries que poderiam ser – Parte 1
Fringe, Scrubs, The Office, Community.
Essas são séries famosas que você com certeza assiste ou assistiu em algum momento. A muitas séries é conferida a honra de um longa-metragem, que acaba solidificando para sempre o sucesso da série, como Arquivo X e Sex and the City (embora eu nunca tenha visto o filme ou a série, uma série que gera um filme tão longo quanto Titanic deve ser agradável a alguém). Muitas séries antigas foram transformadas em filmes recentemente como Esquadrão Classe A, Os Gatões, As Panteras e Starsky & Hutch. E até mesmo séries brasileiras tem seus filmes, como Os Normais.
Mas hoje quero falar do sentido oposto.
Existem muitos filmes que viraram séries, alguns vingaram outros não, mas a maioria é bem vista pelos telespectadores e resistiram bem ao tempo e às vezes ao material original.
O primeiro que me vem em mente é M*A*S*H, uma série sobre a guerra da Coreia, baseada no filme homônimo. Eu assisti o filme e achei o máximo, mas a série nunca vi, embora tenha curiosidade. Outro título que garantiu espaço nas telinhas semanalmente foi Buffy – A Caça-Vampiros. O filme Buffy era um pastelão deliberado que tirava o maior sarro de filmes do gênero. Quando foi levado às telinhas, o clima foi alterado de pastelão para dramático com pitadas de comédia. E funcionou tão bem que durou por 7 temporadas e rendeu uma série spin-off: Angel.
Agora eu pergunto, não existem certos filmes que demoraram a serem transformados em séries? Estou falando, especificamente, de MiB. Originalmente um quadrinho da Malibu Comics, que não tem nada a ver com o filme, esse filme de ação misturada com comédia e ficção científica de alto grau rendeu duas sequências, uma série animada e alguns jogos fracos. Tenho certeza de que muitos assistiram a série e adoraram.
Agora, eu não vejo porque não fazer uma série de MiB, visto as infinitas possibilidades que os filmes trazem. Ele tem de tudo um pouco, comédia, ação, ficção científica e até mesmo um pouco de sentimento e drama. Claro que os personagens centrais não poderiam ser Kay e Jay já que eles ficaram imortalizados por Tommy Lee Jones e Will Smith. E eles são agentes veteranos que cuidam de grandes problemas, enquanto a série poderia ver outras coisas, menos importantes ou até mesmo simplesmente de outros agentes, no mesmo nível de importância.
Imagine, se puder, uma versão de MiB de The Office. Eu pessoalmente nunca achei a menor graça em The Office, mas a maioria dos meus amigos riem histericamente quando assistem, então eu estou jogando um ossinho pra esses amigos. Quem não ia adorar ver aquelas conversas bobas sobre escritório e vida dia-a-dia só que na MiB? Não tem como não ser engraçado. Temos tantos problemas “cotidianos” nesse cenário que creio que até mesmo eu gostaria desse formato de série.
Agora vamos pra ficção científica. Imagine um MiB como Fringe, com alienígenas escondidos entre nós, seguindo agentes novatos que estão começando a descobrir as milhares de camadas da agência e do universo enquanto descobrem conspirações, viagem no tempo e no espaço e ao mesmo tempo lutam contra forças impossíveis e mistérios. Eu com certeza assistir um MiB no estilo de Fringe, sem dúvida.
Podemos também imaginar uma comédia no estilo Scrubs, onde acompanhamos agentes que ainda estão sendo preparados para atuarem no campo ou até mesmo trabalham diariamente apenas dentro da agência, cuidando da alfândega e de coisas corriqueiras, como o café, que provavelmente seria um grande problema visto que as minhocas estão sempre bebendo café aos galões. Eu pessoalmente não sou um fã ávido de Scrubs e não sei se me empolgaria para ver uma série de MiB assim, mas mesmo assim, renderia boas risadas, com certeza.
Podemos também imaginar uma série com uma veia mais de ação, com agentes que correm atrás de alienígenas constantemente, enfrentando terroristas, criminosos e imigrantes ilegais (tem tantos níveis para isso que não dá pra explicar) enquanto mantém o segredo. Seria uma coisa bem rude e cheia de cenas de ação.
Levando em consideração que os efeitos especiais dos três filmes nem são tão fortes assim, visto que a maioria dos alienígenas são pessoas descaradamente maquiadas de forma bizarra e apenas os grandes vilões são feitos em computador, não seria um gasto tão absurdo produzir uma série de MiB. A trama poderia seguir qualquer gênero acima mencionado ou até mesmo outros não mencionados, como horror ou até mesmo algo mais thriller.
O ponto é, Columbia, já passou a hora de fazer uma série live-action de MiB. Por favor.
Até a próxima amiguinhos. Ainda não sei qual será a próxima série que gostaria de ver nas telinhas, mas por enquanto meus pensamentos de desejo vão para MiB.
Se você concorda com o autor, deixe um comentário. Se você acha que ele está falando bobagem, deixe um comentário.
Refresco de pimenta
Os meios de comunicação comemoram, têm assunto pra mais de mês.
Os ateus comemoram, não podem ser associados ao crime e podem alfinetar os religiosos.
Os cristãos comemoram, o crime pode ser jogado nas costas do extremismo islâmico.
Os jogadores de rpg e videogame comemoram, não pode ser associados ao crime e podem alfinetar todo mundo que lembra deles por conta desse tipo de crime.
Os bancos de sangue do Rio de Janeiro comemoram, mais gente vai doar sangue em uma semana do que num ano inteiro.
O crime organizado comemora, a culpa não foi deles, embora alguém vai botar a culpa nas armas cedo ou tarde.
Quem não comemora: a mãe gritando e chorando na porta da escola ‘eu quero saber o que aconteceu com a minha filha’.
É fácil comemorar e comentar e opinionar e vociferar e esbravejar quando o assunto não tem relação com você.
Como já dizia o sábio, ‘não pisa no meu calo’.
Miriela no Espelho
Duas mulheres andam pelas ruas de uma cidade em ruínas. Elas caminham calmamente, o vento cheio de fumaça açoita seus corpos, mas elas não parecem perceber. Elas não olham ao redor, não param para observar, apenas caminham. Estão absortas em uma conversa.
As chamas no céu pintam a terra com cores alienígenas e os corpos no chão parecem carbonizados pelo calor infernal. Mas as duas mulheres parecem não sentir. Elas conversam entre elas, sem ligar se estão sendo ouvidas ou não.
– Este mundo está decadente, Miriela. Nós caminhamos sobre o que resta da humanidade e ainda insiste em dizer que não acabou?
Annabella olha para a outra, sua expressão dura, raivosa.
– Annabella, parece que não conhece como as coisas se movem nesta existência, neste mundo. O que estamos vendo é apenas mais um passo para um fim ainda pior. Tudo que vimos desde nossas concepções não se equipara ao que está por vir.
– Sabe que soa louca? Tal destruição, essa que nos cerca, não é o ápice? Os céus queimam com as chamas do inferno, a terra morta com os passos de seres inomináveis. Humanos caindo esfacelados pelo tempo. Tudo está desintegrando e ainda dize que pode piorar? As guerras dos humanos parecem tão pequenas diante do que se passou!
As duas pararam diante de uma montanha de corpos. Eram pedaços soltos de pessoas, cabeças braços e pernas empilhadas. Torsos estavam em outra parte.
– Olha bem, Miriela. Como pode dizer que ainda não chegamos no fim? Se não é o fim da humanidade, então, o que?
Miriela balança a cabeça, os longos cabelos louros balançam suavemente.
– Não, Annabella. A humanidade está morta há muito. Me refiro à destruição de tudo que é e será. Todas as coisas morrem, até mesmo nós.
Annabella dá de ombros e as duas voltam a andar, deixando a pilha grotesca para trás.
– Ainda não entendo por que me chamou para caminhar entre os mortos deste cenário tão deprimente.
Annabella conhecia Miriela e tal jogada não era digna de alguém em sua posição. Era manipulação barata e Miriela não fazia o tipo.
– Não tenho nenhuma meta secreta, Annabella. Apenas quero lhe contar algo. Algo que me atormenta desde a morte de nosso senhor.
Annabella parou de andar e segurou a Miriela pelo braço. Fosse outro ser, tal braço teria sido arrancado pela força de sua mão.
– Deus é vivo, Miriela. Blasfemar está aquém de você.
Miriela desvencilhou-se.
– Não há pecado se não há alguém para dizer tal. Deus morreu nas mãos do inimigo. O maior de todos.
Ambas tremem ao lembrarem do ser destrutivo que causara tanta dor e morte. Seu nome agora era sinônimo de morte e destruição.
– Ele sumiu, Miriela. Nós vencemos.
Miriela riu alto. Seu riso doce ecoou pelo vale de morte que era a cidade deserta.
– Annabella, ingenuidade não lhe cai bem. O evento a que se refere foi uma derrota frustrante. Aquele ser apareceu no campo de batalha e virou a maré. Passou por nossas hordas sem sequer parar para respirar e ainda matou o general. Dizer que foi uma vitória não é só errado como absurdo!
Annabella corou. Ela sabia que era tudo verdade.
– Mas esquece-se que um dos nossos despachou o ser logo depois? Ou não acredita nas palavras dos nossos?
Miriela abriu um sorriso malicioso. Elas andavam agora entre escombros de edifícios um dia majestosos.
– O que lhe disse agora há pouco? Não há mais pecado desde que nosso senhor morreu. Annabella, a mentira entre o coro é algo comum desde os tempos do trono vazio. Nem eu sei o que aconteceu de verdade. Mas ele ainda é. O ser, digo.
Annabella estremeceu novamente.
– Isso não pode ser verdade. O que se passou nos últimos tempos, lembra? O Juiz e todas as mortes. Como pode dizer que ele ainda é?
Miriela pareceu entristecer por um momento. Seu rosto jovial e sadio pareceu pesar com a idade milenar.
– Sim, ele é mais esperto do que qualquer um já foi. Todas as vezes que ele parecia cair era apenas pelo esporte. Não há graça em poder ilimitado e ele sabe disso. Prefere limitar suas capacidades a um ponto onde existem desafios ainda.
– E de onde sai tanto poder, Miriela? Como pode tal ser chegar a tamanho poder? Pois saiba que eu não creio em suas palavras.
– Como desejava que estivesse correta, Annabella. Infelizmente eu sei a verdade até certo ponto. O fim de tudo, eu vi. Por isso sei que tamanha desgraça não se equipara. É por isso que estou triste. Sei o que virá ainda.
Annabella parou novamente, desta vez consumida pela curiosidade e pela simpatia que sentia pela outra.
– Então conta. Foi para isso que me trouxe aqui. Para pôr em perspectiva o que viu, não é?
Miriela novamente pareceu envelhecer milhares de anos enquanto seus ombros caiam.
– Eu vi tudo, Annabella. Desde o início até o fim. E para nosso desespero, o Ser existe desde o início e ele será o último. O inimigo é eterno e todo poderoso.
– Insinua que ele é nosso verdadeiro senhor? – perguntou Annabella espantada.
Miriela balançou a cabeça energicamente.
– De forma alguma. Ele não passa de um desgraçado. Um infeliz. Triste dele que existe desde antes da criação e há de existir depois do fim. Sinto pena dele.
– Sente pena do Ser que a tudo destrói?
Houve um momento de silêncio em que o vento fumegante carregava o som das chamas estalando. Haviam ecos de tiros ao longe, gritos de agonia ainda eram discerníveis no vazio da existência.
– Estamos nesse momento graças ao mesmo que dizem ter eliminado o Ser. Ele nos trouxe aqui. E tudo pela manipulação do Ser. Ele que já viu tudo e sabe de tudo. Minha sabedoria quanto ao que foi e o que será não se compara à dele.
– Então conta, como conseguiu tal sabedoria? Apenas nosso senhor sabia de tudo.
– Nosso senhor sabia tudo pois lhe foi dado como presente pelos verdadeiros criadores de nossa existência, a capacidade de entender tudo. Existe um ser maior que Deus, aquele que o criou.
Miriela olhou Annabella nos olhos brancos. Havia juventude ainda a ser queimada pela pequena criação diante dela.
– Eu olhei naquilo que chamamos de Tomo. E nele vi muitas coisas.
A expressão de Annabella mantinha-se passiva.
– Eu vi o espelho. Um espelho, um fragmento perfurar carne. Eu vi o momento da criação, onde o tempo parou e a carne sentiu que era o momento de dar vida à imaginação. Eu vi o momento em que se formou esse nosso Universo Vermelho.
O uivo do vento pareceu diminuir, como se quisesse ouvir as palavras de Miriela.
– Eu vi o Ser gargalhando triunfante ao ser liberto da carne que o encerrava. Os anos se passaram, o Universo ganhou vida e forma tão rápido que ainda estávamos presos à carne. Quando nos soltamos, muito já havia ocorrido. O tempo passado eram milênios de mudanças. Eu vi mundos diferentes e iguais ao mesmo tempo. Um mundo vermelho como o Universo que habita. Eu vi cinco ilhas perdidas no mar. Eu vi dois homens viajando pelo fundo vermelho. Eu vi anjos e demônios lutando do mesmo lado contra algo maior. Eu vi seres fantásticos em templos opostos e grandes batalhas. Eu vi seres tão diferentes daquilo que sonhamos. Vi seres que apenas imaginamos por diversão, vivendo serenamente. Vi anjos tão cruéis que seriam dignos do Ser. Vi homens com dados jogando com vidas alheias. Eu vi vinte seres tão especiais que um mundo inteiro se movia para eles. Vi uma grade na qual pontos coloridos iam e vinham. Homens que se deslocavam no tempo. Um futuro sombrio. Piratas no espaço. Eu vi seres das profundezas do espaço devorarem sistemas inteiros sem remorso. Vi tantas outras abominações em seus lares. Um homem que mudou um mundo para melhor. Um homem que perdeu seu rumo em um ano. Um homem que nasceu para matar seu pai. Um grupo de homens envoltos em tramas que não entendem. Vi um futuro sombrio, cheio de nuvens negras. Caravanas em busca do sol. E por fim, um vazio. Algo faltando, como se algo faltasse no rumo da história. E por fim, eu vi a cortina cair sobre essa tragédia toda.
Annabella agora olhava horrorizada. Miriela respirou fundo. Lágrimas rolavam de seus olhos.
– Eu vi o fim de tudo. Um vazio negro avermelhado repleto de rochas, nada vivo. E o Ser existindo, esperando pacientemente enquanto uma chuva vermelha o cobria. Vi ele abrir um sorriso tão maldoso, tão cheio de ódio e sede de destruição e dor alheia que me pareceu que ele fosse responsável por todas as desgraças do mundo, todas as dores. Vi ele sentir prazer ao ver o universo ser, inexoravelmente, esmagado contra algo que ainda não entendo o que pode ser. Ele foi o primeiro e irá sorrir no momento em que deixar de ser.
Não haviam palavras para confortar Miriela. Annabella entendia agora por que a escolha deste lugar. Era como olhar para uma ferida boba. Algo pequeno, superficial.
– Não sei o que dizer, Miriela. Tudo que disse parece lhe doer a existência.
Annabella pôs a mão no ombro da outra.
– Desculpe. Eu precisava contar a alguém. Como sabia que você não tem sentimentos profundos, eu a escolhi para descarregar tantas coisas. Me entristece saber o que está por vir.
Annabella continuava parecendo perdida. Era muito a se dizer em tão pouco tempo.
– E eu sei que estamos sendo controladas pelo ser que criou tudo. Ele nos observa e nos controla. Mas ele sente a nossa dor. Eu posso sentir. Ele fala através de todos aqueles que controla. Mas o Ser é incontrolável. Ele, Rokan Omikron, é a mais pura forma de falta de controle. É o ser mais perfeito que existe nessa criação. Uma imagem refletida das ousadias enterradas de nosso criador.
Miriela olhou novamente para Annabella.
– Vamos. Vamos para casa descansar. Nossa hora está chegando. Maldito seja aquele que nos manipula de forma tão vil. E maldito seja o Ser.
Elas olham para cima. Esperam que algo venha, mas nada vem. Ainda assim, elas desaparecem e aqueles que as observavam dos cantos escuros da cidade em ruínas choram. Nunca antes haviam visto seres tão belos e tão doloridos. Era como se uma força maior mandasse que todos sentassem por um minuto para chorar.
Coisas que me fariam correr para as colinas
Essa lista a seguir é para Nerds e afins que sabem o que são os seres, humanos ou não, mais assustadores da galáxia. Essa lista eu montei pensando de quais eu realmente correria de medo, sabendo que meu fim era iminente.
10.Em décimo colocado, eu decidi que seria Khan Noonien Singh, de Star Trek, porque convenhamos ele era um bastardo espacial super-forte e inteligente. Ele seria capaz de manipular e destroçar a maioria de nós. Então, corrida para longe, mas mais por precaução.
9.Em nono seriam os borgs em geral de Star Trek, also. Assimilação é um saco e eu gosto de minha independência. E pensamento livre. E tudo mais que eles não oferecem, tipo seguro de vida.
Sério, quão creepy eles não são?
8. Boba Fett. Sério, o cara caça jedis. Eu não teria a menor chance contra ele. De verdade.
7. Stay Puft Marshmellow Man! Além de ser um monstro espectral formado de marshmellow, ele é ninguém menos que Gozer o Gozeriano. Um fucking deus! Corrão!
6. Rancor de Star Wars. O bixo além de ser grande, é fedido, voraz e fucking assustador. Mas acho que eu teria mais medo dos treinadores desses bixos. É fucking creepy!
5. Também de Star Wars, o Kell Dragon, encontrado no Vale dos Jedi, essa porra é forte pra burro, parece um sapo espinhudo e tem um rabo fdp que joga tudo pra todos os lados. MEDO!
4. Predador. Sério, se eu tivesse tempo pra correr, eu provavelmente correria como nunca antes. Esse bicho fica invisível além de ser suicida e não ser um bom perdedor. Corrão!
3. Aliens do Cameron. Giger era um cara perturbado e o Cameron também por darem vida a uma coisa que assombra nossos pesadelos até hoje. Fudge.
2. Predalien porque predalien! Sério, um alien com genética de predador? Me mato antes dele chegar muito perto.
1. Daleks do Doctor Who. Eu não vou citar o porque, vocês devem saber. Eles são invencíveis e ficam gritando EXTERMINATE o tempo todo. FUCK!
E um extra!
Chuck Norris. Quem não tem medo dele aparecer na sua frente num dia ruim? Se você tiver tempo de processar a necessidade de correr, corra!
E é isso, espero que o Chuck Norris não– OH NÃO! ARGH! O ESTÔMAGO NÃAAAAAAAAO!
Pitacos pro novo filme do Batman
Então tem um filme do Batman vindo por aí. Christopher Nolan, aquele malandrinho, conseguirá nos surpreender positivamente de novo e quebrar a regra de que uma terceira iteração de uma franquia não pode ser superior à segunda, se esta for superior à primeira? (acabei de inventar essa regra, então me processe)
Todo mundo tem opiniões sobre como deveria ser o roteiro, quais personagens devem aparecer, que tipo de história ele deveria contar… enfim. Já tem rumores pela internet de interesses amorosos novos (Tália Al’Ghul?) e de que vai ter o Crocodilo (que diabos, o Mariposa Assassina não tava disponível na galeria de vilões meia-boca?). Só vou me juntar ao coro e escrever sobre o assunto também.
Tem que ter Mulher-Gato (só gatas)
Evidente que tem que ter a Mulher-Gato. Selina Kyle é uma parte muito integral do mito do Batman. E é o interesse amoroso mais clássico dele, não a mocinha inventada pro cinema né. Nada contra, ela cumpriu seu papel muito bem nos dois filmes. Mas já abriu-se espaço pro Bruce conhecer a gata.
Percebam que não precisa ser necessariamente um interesse amoroso imediato. Até porque, é a Mulher-Gato, o negócio fica muito melhor trabalhado naquela relação de perseguição e tensão sexual. No universo realista de Nolan, a personagem como apresentada em Batman Ano Um é essencialmente perfeita – uma jovem abandonada, perdida no mundo da prostituição, que opta por mudar de vida de uma maneira um tanto quanto radical. Claro, ela pode ser uma versão que passou por tudo isso, mas já está no estágio ‘ladra profissional’. O último filme deixou claro que mais e mais Gotham passará a ser assolada por crimes e criminosos fora do comum: Batman está causando isso à cidade, em última instância.
Não importa qual seja o fio condutor ou o ‘vilão principal’ da história, a Mulher-Gato pode e deve estar ali, correndo pelas beiradas, se estabelecendo para um quarto filme, ou para um papel de importância na conclusão de qualquer que seja a história.
…mas tem que ter Robin
Segurem as pedras! Não estou dizendo que tem que ter um menor de idade vestido em cores bufantes e sapato de duende, fazendo piadas de qualidade duvidosa ou qualquer outra coisa no gênero! Mas tem, sim, que começar a estabelecer a presença do Robin. Explico.
Robin é tão ou mais importante pro Batman do que todo o resto da parafernália em volta dele. Robin é a consciência do Batman, uma lembrança de pelo que ele luta, em última instância. Embora o Robin Dick Grayson seja mais famoso por até já ter aparecido no cinema e tudo mais, eu acho que o mundo de Christopher Nolan aceitaria o Robin Tim Drake como uma luva.
Tim Drake é um garoto que deduz sozinho a identidade do Batman. É um gênio do nível do Bruce, um hacker de altíssimo nível, e tem mais bolas do que todos os postadores de comentários do YouTube juntos. Isso é plausível, realista e aceitável no universo de Nolan. Consigo imaginar o garoto saindo para ‘salvar’ Bruce de alguma situação em que ele se encontraria preso ou incapacitado, com nada além de coragem e aquela furtividade adolescente que todo mundo já tentou praticar.
Quer que ele fique órfão pra aumentar o peso da história e encaixe ele melhor na história? Dá pra fazer, e muito bem. Quer que ele mantenha a família que ele conservou por um longo tempo nos quadrinhos? Também dá. E ele pode vir a colocar o uniforme só no fim do filme, ou nunca chegar a colocar, só, mais uma vez, preparar caminho para seu début como Robin num quarto filme…
Tem que estar no Universo DC
Acho que no fundo isso sim é o principal. A Marvel Studios tá mandando bem demais com esse universo cinematográfico integrado, é lindo e invejável. Não custa nada incluir a existência de Metrópolis, custa? Ou rechear com esses pequenos ovos de páscoa que levariam os fãs ao delírio, como colocar um Alan Scott?
Já existe bobagem na internet dizendo que deve haver um filme crossover entre Superman e Batman finalmente. Pensem comigo. Já tem um filme quase pronto do Lanterna Verde. Já tem planos prum filme do Flash. Quão épico seria um filme da Liga da Justiça? O trailer de DC Universe Online mostra que dá pra fazer uma história fantástica. E gostando ou não da fase do Brad Meltzer na Liga, ele poderia ser um roterista fora de série para essa história.
Pedras nos comentários, por favor.
Tem dias em que tudo que queremos é sentar no sofá, tomando algo tépido, enrolados debaixo de uma manta quentinha e os controles da tv ao lado, de preferência no colo, por dentro da manta para podermos acessar os botões sem ter que sentir o vento que tanto nos quer congelar.
Abaixo, eu mesmo montei uma lista de filmes para esses momentos em que você quer ficar enrolado fazendo nada. E também os melhores horário para assistir cada um deles.
Os Goonies
Sim, esse filme. Ele é um clássico da aventura infantil e marcou época. É sinônimo de diversão garantida. Se você nunca assistiu, tem um motivo novo para fazê-lo. Quando estiver frio e se enrolar embaixo das cobertas, ponha esse filmes e assista. Se você é da opinião que esse filme é uma merda, você é um bosta. Vá embora.
Melhor horário: Depois do almoço
Curiosidade: O navio pirata usado no filme era de verdade, não parte de um set. Quando as filmagens acabaram, o barco foi oferecido para quem quisesse levar, mas ninguém se manifestou. O barco foi desfeito.
Garotos Perdidos
“Mas Victão, você odeia vampiros!” Sim, eu odeio vampiros. Não quer dizer que não existam filmes bons de vampiros. Lost Boys é uma dessas exceções não gays. Sério, temos caçadores, vampiros headbangers, plots dos anos 80 e música tosca. O que mais alguém pode querer. O filme foi tão bem sucedido que rendeu duas sequências muitos anos depois. Mas o importante é assistir esse, quando vampiros ainda eram criaturas fanfarronas e sanguinolentas e o Kiefer Sutherland não estava constantemente bêbado salvando o mundo em um dia. Oito vezes.
Melhor horário: Logo depois que o sol se pôr. Eu não vou usar aquela palavra.
Curiosidade: Os nomes dos irmãos Frog, os caçadores Edgar e Alan, são uma referência a Edgar Allan Poe, aquele que escrevias as histórinhas de dormir. Pra sempre.
Hook, A Volta do Capitão Gancho
Esse filme infantil foi odiado por muitos dos que participaram de sua produção. Eu juro que me diverti muito assistindo esse filme. Todas as vezes que assisti, na verdade. A grande coisa de especial que tem nele é toda a ideia de como sonhos podem virar realidade e que nem tudo está perdido para sempre. Ou então eu que estava muito louco. Mas acho que é um filme legal para se assistir.
Melhor horário: Logo depois de assisti Goonies.
Curiosidade: O peito e os braços de Robin Williams foram depilados para fazer o papel de Peter Pan. =P ouch.
Meu Primeiro Amor
Eu nunca assiti esse filme, mas tem tanta gente que fala tanto dele que tem que ser bom. Não pode ser que as pessoas simplesmente façam um rebuliço em cima desse filme por motivo nenhum. Parece-me que a história é romântica sem ser excessiva e tem revira-voltas estranhas. Nesse caso, devo ser o único aqui a não conhecer o filme de cabo a rabo. Como acho indigno falar muito sobre algo que não conheço, vou parar agora antes que fique ruim.
Melhor horário: de manhã, depois do café, enquanto alguém prepara o almoço.
Curiosidade: Não conheço bem o filme para falar algo, então nada tenho a dizer.
Equilibrium
Ok, esse filme é tão legal, mas tão legal, que ninguém sabe que ele é bom. O problema desse filme foi a ousadia de colocarem uma tag estúpida num filme que não tem nada a ver com nada. Que tag, você me pergunta. “Esqueça Matrix”. Quem em sã consciência escolhe isso como tag de qualquer filme? Com tamanha arrogância, qualquer um imagina um filme de merda cheio de efeitos especiais de segunda mão. Mas o filme é bom baguarai, então ele vale a pena. E a força de vontade de ignorar a tag-line. Com Christian Bale e o adorado Sean Bean, esse filme é ótimo.
Melhor horário: Logo depois de Garotos Perdidos, antes da janta.
Curiosidade: Todos os saltos absurdos do filme foram gravados sem fios especiais, apenas com trampolins e outros aparelhos clássicos.
E depois de uma sessão longa de filmes, você vai dormir e descansar, porque amanhã é dia de trabalhar.
Divirtam-se com os filmes.
Robert E. Howard
Robert E. Howard não foi um grande homem. Ele não foi pessoa chave para algo. Ele não foi um personagem histórico conhecido. Na verdade, eu imagino que você não saiba quem é Robert E. Howard. E é engraçado que eu sempre começo dizendo isso quando estou escrevendo sobre ele. Se você já me leu sobre ele, deve estar cansado de saber: Eu sou fã. Assim, pra caralho nenhum botar picas de defeito.
Eu posso simplesmente entregar quem ele é, o que ele fez e porque eu pago um pau, mas isso ia estragar minha diversão. Ele é um desses escritores que são reduzidos por suas criações, escurecidos pela sombra titânica lançada pela maior de todas.
Pelo que entendo de minhas leituras sobre a vida de Howard, ele sequer gostava tanto assim de sua criação mais conhecida, dando preferência às coisas mais próximas à realidade.
Ele era um jovem problemático, fato! Ele vivia pelos cantos deprimido, tinha sérios problemas para se relacionar com pessoas, era desleixado, viveu com os pais até o dia em que morreu e afastou a única pessoa que o amou. Infelizmente, Robert Ervin Howard, criador de Conan, Salomão Kane e muitos outros personagens lindos da literatura Espada e Magia, morreu sozinho dentro de seu carro. Se matou, por sinal. O que é deveras triste. Não porque ele foi uma pessoa tão alegre e ninguém poderia imaginar uma coisa dessas. Não, pelo que se conta do rapaz, tava escrito na cara dele que isso ia acontecer.
Ele foi amigo de outros escritores de seu tempo, em especial, Howard Phillips Lovecraft. Que era fã do Robert. Sim, você leu direito: H.P. Lovecraft, o cara que distorceu mentes e mundos com Cthulhu e Cia. Ltda. era fã de Robert E. Howard, o cara que distorceu faces e vaginas com Conan e Cia. Ltda.
E o que aconteceu com Robert, você pergunta? Ele ficou sozinho. Ele conhecia muitas pessoas, era bem conectado no mundo em que queria viver, o da literatura fantástica, conhecia seus fãs, trocava cartas com todos eles, conhecia as pessoas da cidadezinha em que vivia, Cross Plains, Texas (sim, ele era texano, deal with it). Ele não era sem… conhecidos. Mas Robert nunca deixou que as pessoas ficassem muito íntimas. Então ele era agarrado aos pais, Doutor Isaac Mordecai Howard e Hester Jane Ervin Howard. Pai médico, mãe enferma. Muito enferma. Tuberculose enferma. Lembre-se que isso era circa 1900. Ela já estava morta. E foi diagnosticada com a doença antes mesmo de se casar.
Howard cresceu com a mãe doente, o pai médico, sozinho em casa, escrevendo suas histórias e procurando encrenca pela cidade. Li tirinhas que eram desenhadas com base em cartas que ele mesmo escrevia e do livro que Novalyne Price escreveu sobre o rapaz e nelas, Robert, conhecido pelos amigos como Bob Cano-Duplo, era um homem solitário, inteligente e assaz agressivo. Histórias sobre violência e alcoolismo não eram raras na vida do rapaz. Ele lutava boxe, puxava ferro quando não estava escrevendo, ou bebendo e brigando, e tinha armas antigas em seu quarto. Tipo, floretes e sabres. Sabre esse que carregava em seu carro ocasionalmente. E uma vez atacou um amigo para provar um ponto. Sério.
Eis que um dos amigos dele, um pseudo-intelectual (sim, eles existiam em 1920), diz que a morte é inevitável e portanto, ele nunca iria reagir caso a morte viesse de encontro a ele afinal era para ser. Ao que Robert diz: “Besteira. Aposto que se eu te cutucasse com meu sabre, você ia pular feito gato molhado” (ou algo do efeito). O amigo quis manter a pose de superior e começou a dizer “Acho que não, Bob, quando se alcança um nível de iluminação–” ao que Robert o atacou com seu sabre e o tal pseudo-intelectual grita como uma garotinha assustada e salta como um gato molhado. Ponto pro troglodita.
Ah, sim, uma coisa que Howard afirmou, que guardo em meu coração com todo amor: “Barbarismo é o estado natural da humanidade. Civilização não é natural. É um capricho de circunstância. E o barbarismo deve sempre triunfar no fim.”…………….
Sério, como pode alguém não virar fã desse cara?
Ok, Robert foi escritor, nunca fez faculdade, morou com os pais até os trinta, bebia, brigava, dispensava mulheres e assustava as pessoas deliberadamente. Sim, eu sou fã desse cara. Dele e de suas obras. Eu poderia discorrer mais sobre o assunto, mas acho que já posso encerrar.
Robert vivia para cuidar de sua mãe. Assim, ele cuidava mesmo, dava banho, remédio, trocava as roupas dela. Dispensava encontros pra ficar cuidando dela. Dispensava escrever pra cuidar dela. Ninguém pode dizer que Robert não foi um filho dedicado. Quando tudo parecia estar bem, ele e Novalyne Price estavam começando a se dar bem. Ela até admitiu gostar do rapaz, depois de muito tentar mudar o jeitão carcamano e porco dele. Mas ela apertou com gosto e ele escapou. Não queria ser preso a ninguém. Queria estar só. Claro que Novalyne, como uma mulher forte de 1920 decidiu que não ia ficar parada. A fila anda, querido. E andou. Novalyne foi para faculdade, longe de Cross Plains apenas para, depois de um tempo, receber uma carta com os dizeres: “Bob está morto.”
Eis que, depois que Bob e Novalyne brigaram, o estado de saúde da Sra. Howard piorou e Howard viu que estaria abandonado. O pai dele vivia em outro mundo, sendo portanto, carta fora do baralho. Baralho esse que tinha pouquíssimas cartas. Anyway, mamãe ficou ruim, Robert pediu ‘socorop’ pra Novalyne, e ela disse que não podia fazer nada. Ela amou ele, ela quis ele, mas ele foi um otário (alou quem se identificou, fica aqui o termo “Síndrome de Robert Howard”, criado por este escritor). Ou seja, dançou neguinho. Você ficou em cima dela por tempo X, as coisas não rolavam, e depois que aconteceu, você vira e caga no pau. De graça. Otário.
Mas voltando ao fim. Howard viu que estaria sozinho no mundo quando sua mãe morresse, então virou para seu pai e perguntou para onde ele iria depois que ela morresse. Achando que Robert se referia à simples mudança de casa, Isaac disse que iria onde quer que o filho fosse. Pena, porque Robert achou que papai ia cometer hare-krishna com ele (é HARAKIRI, mãe!). Quando a Sra. Howard entrou em coma finalmente, Robert foi para seu carro e meteu uma bala em sua caixa craniana. Ele só morreu oito horas depois. A mãe morreu no dia seguinte. E assim acabou a vida de um escritor muito talentoso, homem estranho, único para seu tempo. Épico porque Lovecraft era fã dele. Além de awesome por ter criado Conan. Ele deixou um bilhete de suicídio, mas como ele era tr00 demais, nem era um bilhete de suicídio normal, mas uma passagem do poema A Casa de César de Viola Garvin. Aposto que já está googlando. Em inglês fica: “All fled, all done, so lift me on the pyre; The feast is over and the lamps expire.” e no português: “Tudo fugiu — tudo está feito, então levem-me à pira; O banquete acabou, e as lâmpadas expiram.”
O pior de tudo é que combina perfeitamente com a imagem dele. Ou pelo menos a imagem que tenho dele. By the way, ele era um nerd gordinho. Vejam, garotas, nerds gordinhos existem desde 1901.
Continue descansando bem, Robert.
Kick-Ass Kick’s Ass
Kick-Ass é um filme foda e uma ótima adaptação dos quadrinhos de Mark Millar com desenhos de John Romita Jr. Eu pessoalmente amo os dois. Tanto roteirista quando desenhista fazem um ótimo trabalho na versão quadrinizada da história de violência e justiça.
Talvez por minha paixão pessoal pela justiça pelas próprias mãos, mas eu acho que esse é um título que tem um apelo todo especial pra mim. Quando fiquei sabendo do gibi, eu logo corri atrás para ler, claro que tive que baixar da internet, mas pretendo comprar meu exemplar único com 8 edições assim que possível. Mas eu divago.
Voltando ao filme. Essa semana eu tive o imenso prazer de vê-lo da terceira fileira do cinema (como professor de inglês, não preciso me preocupar com legendas e posso apreciar os poros nos rostos dos atores). E fiquei empolgado, exasperado, emocionado, chocado e excitado. Tantos sentimentos em tão pouco tempo de 117 minutos. O tempo parecia se arrastar a cada golpe violento que era desferido na tela.
Como filme de ação,. Não deixa a desejar, como adaptação, fez um ótimo trabalho de não ser um Sin City nem um Liga Extraordinária. Ou seja, foi bem equilibrado, mas acho que essa comparação é meio furada. Sin City é muito bom, eu sou fã, bem lembrado, e Liga Extraordinária é um lixo que podemos descartar sem pensar duas vezes. Uma melhor comparação seria entre Sin City, um filme que é tirado cena a cena dos quadrinhos, e Procurado, que pega emprestado uma outra coisa dos quadrinhos, mas é uma linha completamente diferente.
Kick-Ass está no meio. E como está entre um gibi animado e um filme inspirado por quadrinhos, está ótimo. A maioria dos filmes que adaptam dos quadrinhos reinventa muitas coisas, mas não esquecem do essencial. Kick-Ass teve mudanças significativas, mas que fizeram o filme tomar um rumo diferente do original, mas não tão distinto que pudesse ser revoltante ao fã. Como eu.
Primeiro, falar sobre os personagens, apenas o quarteto de heróis a que nos apresentam no filme.
Kick-Ass:
Ele é o herói do filme. Ele foi intocado na hora de passar do papel para a tela. Exceto pelo cabelo, mas aí já é demais, convenhamos. Um paralelo aqui embaixo. E não somente em imagem, mas em personalidade a mudança foi zero.
Hit Girl:
Ela é de longe a favorita da criançada. Ela tem entre dez e onze anos e chuta mais traseiros do que você, seu amigo e seu inimigo juntos. Ela realmente chuta de verdade. Sério. É o pesadelo dos pedófilos. De verdade. A personalidade foi mantida fiel aos quadrinhos, ela faz piadas, ela é violenta, se diverte nas horas certas e sente horror na hora certa. Em relação ao uniforme, ficou um pouco diferente, mais festivo. No gibi, como mostrado abaixo, ele é mais conservador, simplista. No filme é uma coisa meio berrante e creepy para as pessoas que tentam matá-la. Ela não parece tão ameaçadora com o cabelo roxo, mas funciona.
Red Mist:
Ele sofreu algumas mudanças na tradução de mídias, mas ainda assim, se manteve no mesmo nível do quadrinho. O uniforme mudou um bocado, sendo que a máscara, o tecido e as cores foram alteradas para melhor acomodar o mundo cinematográfico. O Mist Mobile ficou igual, fãs de automobilismo.
Big Daddy:
Aquele que muito mudou, mas ainda assim me agradou. Sério, toda a história da vida dele mudou, a personalidade, o uniforme, modus operandi e até mesmo o jeito que ele faz as coisas. Eu não vou estragar a diversão de ninguém apontando as diferenças gigantescas, mas basta dizer que elas são enormes, o que inclui a motivação de Big Daddy.
O filme torna um quadrinho que é rude e realista em algo um pouco além. Ele se utiliza de meios mais incríveis para tornar a viagem mais inacreditável e divertida. Nenhum problema aí, mas onde o filme diversifica com diversão e coisas inesperadas, o gibi mostra MUITA violência, em especial da parte de Hit Girl. Fui assistir o filme com pouca esperança de ver algo realmente bom, afinal, no gibi a violência é desmedida e duvidei, até o momento do primeiro sangue do filme, que seria sequer semelhante. Mordi a língua.
Certo, o filme nem se compara em sanguinolência com o quadrinho, mas ele tem coisas que compensam.
Num todo, Kick-Ass é um filme que vale a pena e um quadrinho que vale a pena. Se puder, veja as duas mídias, compare e tire suas próprias conclusões.